terça-feira, 27 de julho de 2010

platonismo é um lance que já não faz mais minha cabeça

domingo, 25 de julho de 2010

domingo de manhã...

Levei um golpe da vida, mais uma rasteira, e foi duro, como sempre é, difícil você encarar os problemas de frente e ser forte, dessa coisa de Loucura, Chiclete e Som, eu ando só pela loucura, pisando em vidros, e sem querer ser dramática, virando cacos... Eu perdi a paciência pra dor, sempre ouvi dizer que o sofrimento é opinicional, então sofrimento vá pra PQP.

quarta-feira, 21 de julho de 2010

Ainda dá para renascer...

"E eu que era triste descrente desse mundo..."

27 anos, confesso que já estava perdendo a fé, mil e quinhentos sonhos roubados, o coração num quebra-cabeças jamais montado certo, eu já não me reconhecia mais, triste andar pela vida como quem pisa em cacos de vidro, sempre um incomodo, aquele "não sou daqui" lhe afetando os sentidos, e você olha, para e ouve, mas nada, nada faz sentido, o vazio já tomou conta, e você se pergunta o por quê de sua existência, afinal, nenhuma resposta vem, e você corre atrás do prejuízo, horóscopo, conselhos, auto-ajuda e sim Jesus Cristo, mas você anda surdo, cego e mudo pelo mundo, e realmente nenhuma resposta vem. O que há de errado com o mundo ou comigo, seria com todo mundo? Será que existe outro lugar outra oportunidade de ser feliz, será que alguém é feliz? Dizem que sim... então eu vou tentar, começarei do zero, outros caminhos, novas chances, com um pouco mais de fé em Deus, em mim, chega de comer pedra, chorar pó, beber vento e andar só. Renascer ainda é possível, eu sei que sim, porque hoje eu acordei e não era mais a mesma, o buraco se fechou e alguma coisa já começa a fazer sentido. Senti muita saudade de mim, mas agora digo tranquila, é bom estar de volta.

RenascerRenascerRENASCERRRRR

sábado, 8 de maio de 2010

Luto Transparente

Logo após saber que estava grávida vim aqui e depositei todos os meus sentimentos, hoje os motivos são outros, há 20 dias sofri um aborto espontâneo, não há palavras para explicar o que eu sinto, pessoas me olham com pena, outras com desdem, algo como "você é nova, logo terá outro" bem no momento não quero outro, quero o meu bebê que escorreu pelas minhas pernas, em meio a sussurros de "será que ela tá perdendo o bebê", "vamos ver se ficou algum resto" enfim, essas são as pérolas que a gente acaba ouvindo senão da família, dos médicos, não importa o quanto eu seja amada pelos meus pais, amigos, pelo pai dessa criança, nada nem ninguém está dentro de mim para ver o buraco que ficou, uma gestação interrompida é como se seu corpo se recusasse a guardar seu próprio fruto, e você chora e sente raiva de Deus e do mundo, porque não há consolo nem reparação à uma situação dessas, e quando me dizem ou eu mesma justifico o que houve com um "Deus sabe o que faz" confesso estar sendo a mais hipocrita do mundo pois se era para tirá-lo de mim por que me deu? Qual aprendizado eu deveria tirar dessa perda? No momento vivo fingindo superação e que creio que a vida continua numa boa, por dentro vivo o luto e a tristeza de que daqui há 7 meses eu não terei meu filho nos braços. Não falo mais disso com ninguém, ontem foi a última vez, eu me decepcionei com a reação da pessoa que deveria ter chorado comigo, mas paciência, ninguém tem obrigação de sofrer por isso, quando eu descobri minha gravidez eu escrevi que tinha uma certeza dentro de mim, que seria somente eu e meu bebê, hoje sou eu e a falta dele.

Através da Revista Criativa eu conheci o trabalho da Manuela Pontes, ela passou por dois abortos e criou o Projeto Artémis que é um grupo de apoio às mulheres que passaram por este drama, eu diria que trata da humanização da dor de quem sofre o aborto.

Amanhã é dia das mães eu vou me aninhar com a minha mãe e minha avó e pedir a Deus que seja mais misericordioso comigo no momento em que eu clamar, eu clamei pela vida do meu bebê, mas não foi o bastante para Ele permitir que meu filho vivesse.

sexta-feira, 16 de abril de 2010

Mãe

Há dois dias descobri que estou grávida, eu sempre desejei ser mãe, mas agora que tudo é real confesso estar em pânico. A realidade da vida é outra não é? Não posso passar as horas sonhando com o quarto ou o nome do meu bebê, mas sinto medo e preocupação com o futuro dele. Não estou triste, de forma nenhuma, mas a preocupação é inevitável, os sentimentos estão inundando meu coração, não entendo por que sinto tanta vontade de chorar, ainda agora assistindo a Ana Maria Braga, desabei num choro por conta de um menino que não conhecia o pai, meu Deus, se for sempre assim estou perdida.
Esta é a situação mais definitiva que já vivi dentro de mim um ser ainda pequenininho, mas que já tem um coração pulsando rápido, e vive e depende por enquanto inteiramente de mim, não consigo sentir confiança em mais ninguém alem de mim neste momento, meus pais estão me apoiando inteiramente, os avós paternos também, mas já sinto que de agora em diante somos eu e ele. Não foi o planejado, mas é mais que desejado, amado e esperado. Pelo visto estou com 5 semanas, logo entrarei num processo maluco de exames, consultas, ultrassonografias e roupinhas, quartinho, nomes e tudo mais. Que delícia. Meu bebê, que alegria dizer isso, e é mais do que sentido é a maior certeza da minha vida, eu já amo meu filho.